sábado, 29 de novembro de 2008

INTERMINÁVEIS


Turbilhão de bolhas de sabão
Feitas com o sal das minhas lágrimas

Sonhos que se perdaram
Nas incapacidades estampadas em minha retina


Poesias mal sentidas
Dores mal recitadas

Palavras ditas no universo
Beleza rara inspirada na vida
Cabelos, bocas e verdades
Cheiros, calores e saliva

Só falta você me dizer que ama
Só falta você me dizer que sente falta

Pontos de interrogação
Reticiências não terminadas

Papel amassado no fundo da bolsa
Promessas de dizer, de contar
O medo de se expor

Admitir que passou
Que não deu
Que acabou

Doeu cada pedaço
Desmanchar os sonhos que demoraram tanto para se tornarem...
Mereceu cada momento pensado
Valeu a pena sofrer cada lágrima desperdiçada por você

Por que apesar da realidade ser outra
Apesar do amor não existir
Apesar de não podermos
Valeu a pena te ter por perto durante...

...intermináveis...


sexta-feira, 28 de novembro de 2008

:: Do velho diário

O tempo vai passar você vai ver
Então por que já não saber de vez
Você está tão longe de entender
O que eu falo bem diante de você
(...)
Talvez eu siga sem você daqui pra frente
A vida tem caminhos muito desiguais
Disseram que você só fala em mim
Agora veja como a gente foi ficar
(...)
Não mandei você ir embora
Nem falei que podia me esquecer
Vou sorrir pra tristeza agora
Vou viver os meus dias sem você
Só fala em mim - Ana Carolina

Mais uma da série "cartas que não te mandei".
Espero que curtam.


Toda a verdade

Talvez essas palavras apenas sirvam como massagem para seu ego, pois talvez elas de nada valham pra você.
Talvez essas palavras entrem num ouvido seu, e saia pelo outro. Depois fiquem perdidas no espaço.
Talvez você passe a eternidade tentando entendê-las sem nunca conseguir.
Ou apenas você as guarde para si. Que seja.
Eu queria que você soubesse de algumas coisas.

Eu queria te dizer que desde o primeiro dia que te vi até o dia de hoje eu tenho te “decorado”. Tenho te guardado de pedaço em pedaço dentro de mim.
E foi assim, meio que inconseqüentemente que eu me peguei pensando em você. Dia a após dia.
Me peguei te admirando. Me descobri admiradora. Admiradora do teu sorriso, da tua gargalhada, do teu jeito de andar, do teu jeito de reunir as palavras numa frase.
Comecei a adorar teu papo, tuas piadas fora de hora, tua intelectualidade sexy, teu jeito “feudo” de ser. Comecei a me importar com você.

Daí, quando eu percebi, tinha tirado o pé do freio e estava a descambar por uma ladeira que eu ainda nem sei onde vai dar. Foi aí que as brincadeiras começaram a dar lugar a sentimentos.
E eu me encontrei numa enrascada daquelas. Pois você pode ser tudo, menos fácil – você é complicado, e como!

E para “descobrir você”, eu fiz leitura corporal, análise das conversas, medi até as palavras... tudo! Nada te denunciava. Exceto o olhar.
Tudo em você me dizia para eu meter o pé no freio. Sair dessa praia que não era pra mim. Mas tinha o bendito olhar que me fazia pensar várias vezes no assunto.

Já te falei do teu olhar uma outra vez. Ele destoa do resto. Ele fala mais, pensa mais, pede mais. Talvez eu esteja vendo tudo errado. Talvez teu olhar simplesmente me enganou. Mas eu tinha que ir até o “fundo do pote”, como diria o Jabor.

Então estou aqui, escancarando a verdade. Pronta para falar tudo ou apenas pronta para levar um “fora” homérico, mas tentando ser o mais clara possível com você e apelando que você também seja comigo.
Pois a verdade é que eu te desejo, sim. Quero você, sim. Mas antes de tudo te admiro como pessoa, como “entidade” que és, você me encanta.
Além de apostas, além de conversas atrevidas, além de “discursos indecentes” como diria uma música... Além de tudo isso, resta algo que ainda não identifiquei o que é. Mas quero ter muita certeza antes de sufocá-la.

Pode soar brega, romântico, cor de rosa, ou sei lá mais o quê. Mas quem um dia nunca se expôs dessa forma, não é mesmo? O que nos destinguiria das máquinas se não fosse essa disposição em se permitir ser ridículo, se permitir errar, burlar, ir além?
Sei dos fatos. Sei que isso é mais complicado do que parece. Mas veja o meu lado, eu não poderia ir embora sem fechar esse ciclo. Sem por um ponto final consciente. Não preciso de mais um “e se” na minha vida.
Preciso no final do dia suspirar e dizer “fiz o que pude” e ir em frente.

Talvez a conversa não faça florescer nada, mas com um pouco de sorte, talvez eu consiga jogar uma semente aí em você.
Então, por favor. Se você tem dúvidas, fique a vontade para expô-las. Mas no final, coloque um ponto final sem direito a questionamentos da minha parte. Seja claro. Juro que vou embora bem “mais leve”.

Mas se você também está confuso, só te dou um conselho: mergulhe.

13/11/2008
Se um dia você tiver curiosidade de saber o que tanto eu quis te dizer, o que tanto eu precisava te contar, a conversa que eu tanto insisti em ter: Sirva-se. Ela está bem aí, entregue de bandeja. Essas palavras terminaram no fundo da minha bolsa durante dias! Uma hora resolvi perdê-las no espaço - bem aqui, no meu espaço, no meu mundo de infinito particular.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

...do riso fez-se o pranto...




Soneto de Separação - Vinicius de Moraes



De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.


De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama


De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.


Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.


Meu aníver foi domingo, dia 23/11. Foi um fiasco. Está tudo se toranando um fiasco. Pára o mundo! Eu quero descer!!

sábado, 22 de novembro de 2008

Imerso em um devaneio cor de abóbora


Essa história já começou bem AQUI.
Já foi
ASSIM.


E continua assim...


Ele estaciona o carro e respira fundo. Ela coloca a alça da bolsa delicadamente nos ombros e se põe a sair do veículo, tristemente. Ele interrompe:

- Peraí! Não tem que ser assim.

- Realmente, mas parece que é o que vai ser. Preciso ir... E ela beija docemente os lábios do rapaz, como quem sela uma carta que nunca mais voltará as suas mãos.

Ele segura a mão dela, enquanto olha dentro daqueles olhos grandes, brilhantes. Sem palavras, sem promessas, sem mágoas. Ele só admira aqueles olhos, só se comunica com eles. Mas parece covarde, não se arrisca a falar, não se arrisca a pedir.

Ela aguarda explicações, palavras belas, um beijo talvez, uma promessa de se verem no final de semana... Ela suspira. Sai do carro tão rápido, que ele só sente o perfume dela no ar e o som dos seus passos pelo asfalto. Ele continua no carro. Continua. Continua. Estático. Pára um instante, olha pelo retrovisor a silhueta daquela moça se desfazer na escuridão da noite. Ele enfim resolve.

Ela desce do carro arrasada. Um sentimento de perda, mas ao mesmo tempo o culpa por tanta covardia. Enquanto vai pensando, deixa escorrer algumas lágrimas salgadas e negras de tanta tristeza. Triste, a alma chora. Ela por um momento consegue escutar o som das lágrimas desligando. Até atentar para o fato de que ainda não escutou o carro do rapaz dar partida e ir embora dali. Mas ela se recusa a olhar pra trás. Levanta a cabeça, respira fundo, enxuga as lágrimas apressadas e continua a andar. Ela quase que se perde na escuridão. Ela então escuta um barulho.


FINAL 01 (cor de rosa)

Ele sai do carro e grita pela moça já distante. Teme que ela não o escute.
*
Ela pode jurar ter escutado ele gritando seu nome, mas não está muito certa. Não quer arriscar olhar pra trás e demonstrar sua fraqueza exposta ali em lágrimas. Continua andando.
*
Ele corre desesperado. Ela o escuta e para sem saber se deveria voltar ou não. Não demora muito, ela a alcança, puxa-a pra perto de si. Eis que o rapaz a abraça de uma forma tão singela e apaixonada que ela continua a chorar, agora copiosamente. Ela não se importa em demonstrar sua fraqueza, contanto que consiga extravasar o que está sentindo.

Ele olha dentro dos olhos dela e dispara:

- Eu estou louco por você. Você me ensinou esse sentimento louco que me tomou por completo, não consigo nem falar direito. Eu, eu... Eu acho que te amo.

Ela continua a chorar, mas arremata:

- Então vá embora e viva isso. Você tem muito o que fazer.

Ela então se vira e vai embora. A moça de olhos grandes e brilhantes, aquela apaixonada desvairada, em um lapso de consciência e sensatez, lembrou da terceira pessoa envolvida nessa trama. Em respeito a ela, se retirou.

“Agora é a vez dele.” Pensou a moça sorrindo.




FINAL 02 (cor de abóbora)

Ela escutou um barulho. “Deve ser ele, tem que ser ele!” Repetia ela como um mantra, desejando que ele corresse ao seu encontro.
*
Ele respira fundo. Liga o carro e vai embora. Fica olhando para o espelhinho do retrovisor. “Lá se vai uma felicidade” Pensa ele pouco tristonho. Liga o rádio numa estação qualquer e fala em voz alta e forte pra si mesmo:
- “Pois me deixe com a minha felicidade atual, ela é menos complicada. De trabalho estou cheio! Cheio!”
Sentiu o som hipócrita da sua própria voz. No mesmo instante, uma música conhecida no rádio.

“Meus olhos te viram triste, olhando pro infinito, tentando ouvir o som do próprio grito.” – Vanderlee (Esperando Aviões)

Ele lembra da moça das palavras em poesia. Desliga o rádio e se desliga do mundo. Ele se recusa a perder a cabeça por alguém. Ninguém pode valer a pena.



E aí? Qual final vocês escolhem?

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

O perdido espaço do universo




O Silêncio das Estrelas

Lenine


Solidão, o silêncio das estrelas, a ilusão
Eu pensei que tinha o mundo em minhas mãos
Como um deus e amanheço mortal
E assim, repetindo os mesmos erros, dói em mim
Ver que toda essa procura não tem fim
E o que é que eu procuro afinal?
Um sinal, uma porta pro infinito, o irreal
O que não pode ser dito, afinal
Ser um homem em busca de mais, de mais...
Afinal, como estrelas que brilham em paz, em paz...
Solidão, o silêncio das estrelas, a ilusão
Eu pensei que tinha o mundo em minhas mãos
Como um deus e amanheço mortal
Um sinal, uma porta pro infinito, o irreal
O que não pode ser dito, afinal
Ser um homem em busca de mais...



Sabe quando se respira fundo, os pulmões incham, mas não sentimos o ar entrando por eles? Parece que entram espinhos, falta o sopro da vida.

Sabe quando se deita na cama e a cabeça continua a mil? Você foge de determinados pensamentos, de determinadas pessoas, de determinados momentos. Mas eles te perseguem até você pegar no sono.

Sabe quando você escuta uma música, qualquer música, e ela sempre fala alguma coisa pra você, sobre vocês ou sobre a dor que te entristece? Quando as batidas da música se juntam as batidas já desordenadas do coração.

Sabe quando os olhos te pregam peças? Você insiste em que não está vendo direito, não admite assistir aquele cenário.

Sabe quando os olhares já não se seguram. Se olham, se amam e se beijam. Os olhares, os únicos a não se privarem do fatídico destino.

Sabe quando tudo conspira, tudo indica que você não deve continuar, mas você insiste? Você não tem garantias, muito menos certezas. Mas continua, persiste.

Sabe quando você é a única que se entende? Quando todo o mundo parece ter perdido o compasso, quando você parece ser a única que tenta andar pra frente. Parece que todo mundo anda em círculos, falam bobagens. É irritante.

Sabe quando tomam conta dos seus pensamentos? Quando você já não tem controle sobre ele, quando você só pensa, só fala e só escreve sobre uma determinada coisa, um determinado ser.

Sabe quando você não tem mais forças? Quando nem as palavras conseguem tomar lugar em frases para terem sentido? O sono nunca é suficiente? A exaustão parece te perseguir?

Sabe quando a sua única companhia são as estrelas? Elas parecem te sorrir compreensão. Elas parecem te entender.

Sabe quando você se vê a todo o momento filosofando sobre sua existência, sobre a utopia do amor, sobre o amor, sobre a vida?

Sabe quando você começa a ir em busca de mais? De mais de você, de vocês, do mundo, da existência... até de Deus! Você vai em busca de mais vida, de mais amor, de mais compreensão, de mais paciência.

Sabe quando você escreve palavras ao vento? Joga sentimentos no perdido espaço do universo.

Sabe quando você começa a incorporar o silêncio das estrelas?


É assim que eu me sinto hoje.




Fase difícil. : o

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Entregar os pontos




Desalento
Vinícius De Moraes



Sim, vai e diz
Diz assim
Que eu chorei
Que eu morri
De arrependimento
Que o meu desalento
Já não tem mais fim

Vai e diz
Diz assim
Como sou
Infeliz
No meu descaminho
Diz que estou sozinho
E sem saber de mim

Diz que eu estive por pouco
Diz a ela que estou louco
Pra perdoar
Que seja lá como for
Por amor
Por favor
É pra ela voltar

Sim, vai e diz
Diz assim
Que eu rodei
Que eu bebi
Que eu caí
Que eu não sei
Que eu só sei
Que cansei, enfim
Dos meus desencontros
Corre e diz a ela
Que eu entrego os pontos



Entreguei os pontos. Cheguei ao topo da paciência. Parei pra pensar mais em mim. Está decidido: falarei. Tudo. De como começou até como deverá terminar. E isso não será um pedido de clemência, só uma carta de despedida. Prestação de contas. Você tinha que saber. Eu não poderia ser egoísta ao ponto de ir embora guardando comigo tanto sentimento. Toma que é teu. Leva, joga fora, desperdiça. Faça o que quiser. Não mais o quero. Não mais me faz bem. Vai, que sem você por perto tudo é mais fácil. Sem ver teu rosto é mais fácil te esquecer. Vai, que com o tempo eu supero. E depois, quando tudo passar, "tudo não passou de uma piada". E sorriremos. Sorriso amarelo, lembrando do fundo de verdade da piada. Covardia que fez passar entre os dedos o amor, o bem, a felicidade. Igual à areia na palma da mão. Quanto mais se aperta, mas ela se esvai por entre as frestas dos dedos.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Resultado da Enquete

O Medo de Amar (o resultado)

"E pasmem! Ficou comprovado que meus leitores têm uma opinião oposta à minha ao que tange o amor."

Eis que fiz uma enquete questionando: "Em um relacionamento hipotético onde não exista reciprocidade, o que você preferiria? Amar ou Ser Amado?" Pergunta esta que rendeu magníficos 22 (vinte e dois) votos! (iupiii) Mas eu achei bem engraçado o resultado. Vamos para o gráfico:







Bem, com uma maioria esmagadora de 68%, meu público prefere ser amado do que se arriscar a amar. Como disse no outro post: "medo de amar, medo do amor". Eu acho (com todo o respeito) uma resposta um tanto quanto egoísta. Eu mesma, escolhi amar, sem sombra de dúvidas. Sabem porque? Pois eu não conseguiria viver com alguém que me ama tanto, sem eu corresponder à todo esse amor. No final do dia, só sobraria culpa. E a tal culpa é um negocinho que eu não faço questão de ter.

Eu prefiro amar. Me matar. Dane-se se ele não sente o mesmo. Eu dei meu máximo. Eu o amei até o final. Morri de amores. Chorei, implorei. Amei, ao final de tudo, só sobrou meu amor. Quando deitar a cabeça do travesseiro, sentirei o gostinho de "tarefa cumprida". Meio que um "fiz o que pude". Por isso, preferiria morrer de amores, do que assistir alguém que eu não amo me amar.


Pessoal que participou da enquete: muitíssimo obrigada!!

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Homem Fast-Food e outras subespécies.






Homem fast-food é a nova moda. É aquele que pede a garota pelo número (nem usa o nome dela), pega, come e vai embora. Tudo em até no máximo 15 minutos. Este é um dos piores tipos de cafajestes, (ao meu ver, é o pior) pois é acomodado, não tem paciência de “trabalhar uma situação”, de ir atrás, nem tenta enganar a pobre donzela. Ele vê se é fácil, se não precisar de muito esforço, ele pega. Se der um trabalhinho, ele passa pra outra. E isso não é o pior, pior mesmo é saber que ele sempre encontra uma garota BigMac, uma garota McQuarteirão... Sempre tem mulher que se dispõe a isso. Essa é a dura realidade.

Não é querendo tirar a culpa das costas do tal, mas tenho certeza que se não houvesse “oferta” de mulheres sanduiches, duvido que existisse tanto homem fast-food por aí cheio de “demanda” a oferecer. As mulheres estão sendo boa parte do motivo dos homens estarem tão machistas e comodistas nos últimos tempos. Isso é triste.

Os homens fast-food são ainda mais asquerosos que os homens “mascarados”, os dito “hipócritas” do post anterior. Isso porque os Fast-Food deixam claro as suas podres intenções, ele não pretende te enganar, ele quer te “traçar” e pronto, que fique bem claro. E ainda vem com o típico argumento “eu sempre fui claro, nunca menti pra você”. É, realmente. Isso é tão revoltante que excede a definição de machismo, acho que chega a beirar a canalhice, a depravação... sei lá mais o quê.




Meninas, por favor, participem da campanha de extermínio à essa raça.
“Nós temos a força!” hehehehe

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Medo de amar, medo do amor.




Hoje eu não vou falar nada. Não comentarei nada. Quem vai expor as idéias aqui são vocês, meus caros leitores. Eu lanço a problemática, vocês dissertam! Eis o problema:


Excluindo-se as reciprocidades, o que você preferiria:


a) Um relacionamento onde você ame.

b) Um relacionamento onde você é amado.


Aqui é um caso hipotético, não existe a possibilidade de reciprocidade. Na verdade, pensando direitinho, acho que em todo o relacionamento a balança sempre pende prum lado. Não acho que haja um equilíbrio pleno. Mas... Isso é outra história.


Quero mesmo é saber de vocês! A enquete está criada e estará aberta até próxima segunda-feira (17/11). Comente para dar uma opinião mais completa. Após a conclusão da enquete, irei expor o meu posicionamento sobre o assunto. Participem!!!



Beijo a todos!

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

A "Hipocrisia" e o "Não" (Post GG)




A hipocrisia cresce cada vez mais no coração das pessoas. Ela chega a patamares tão altos, que priva a felicidade, a paz e até o amor de percorrerem seu caminho.

Não acredito em destinos pré-escritos, nem muito menos destinos já prontos, como uma conseqüência irremediável, a vida assim não teria a mínima graça. Seria como a história do bicho papão, ou corre e ele pega, ou fica e ele come. Não, acho que a vida tem muito mais mistério do que essa história da carochinha.

A verdade é que eu acho que o amor só cresce onde permitimos. Pode ser sua “alma gêmea”, seu “príncipe encantado”, ou apenas um carinha gente boa. Se você não se permitir, o amor não chega... Como diz a linda música da Zélia Duncan, “se você não se distrai o amor não chega, a sua música não toca, o elevador não chega, o tempo não passa...” É bem isso mesmo. Só que uma das razões para que o amor não venha é a hipocrisia. É dela que eu quero dissertar hoje (pelo menos essa é a intenção).

Quem é hipócrita, quem é extremamente hipócrita, diz que não gosta, mesmo amando. Diz que ama, mesmo detestando. Diz que está em outra, mesmo estando morrendo de amores... O dito hipócrita não se permite viver o que sente. Ele pondera demais os fatos, usa muito a razão, e prefere dar prioridade a “o que isso vai significar para o outro”, “o que isso vai trazer de conseqüência para mim”, “que proveito eu vou tomar” e até “se isso vai me tirar algum controle”. Isso é mesquinho, é triste, é pobre. E pobre aqui, não é no sentido monetário/fincanceiro, mas pobre de caráter, de humanização, de alma... Hipócrita é um medroso, ele teme perder o controle da situação. Mas amar é justamente perder as rédeas da vida! É navegar sem bussúla. Amar é viver o improvável, e se aventurar no desconhecido.

Quem ama tem que mergulhar. Tem que abrir mão, tem que arriscar. Tem que apostar no desconhecido, tem que torcer o braço em certos momentos. Tem que calar muitas vezes, tem que apoiar a todo tempo. Tem que respeitar. Mas antes de tudo isso, a pessoa tem que se permitir amar. E amar não é se acomodar, amor não é conveniente, amor não é mesmice. Amar não é água morna, amar não é só ter pra quem ligar. Amar não é andar de mãos dadas, como dizia os Beatles. Amar é muito mais que isso!

Se permitir amar é dar um basta no presente e apostar todas as peças em uma pessoa que se quer. É acreditar que um dia todo aquele tesão, toda aquela paixão, vai passar. Mas até lá vocês terão cultivado um amor tão profundo, que por si só irá se renovar. Aí então você vai perceber o quanto era cego, que amar não era nada daquilo que você imaginava. Você vai perceber que amar está nas coisas mais simples e corriqueiras. É se encantar pelo jeito desajeitado dela, é aceitar o jeito durão dele e principalmente, ter a plena certeza que apesar de todos os seus defeitos, ele te ama e te respeita por quem você é. Uma hora você pára e percebe que amar é se apaixonar pela essência, não pelo rótulo. Vai perceber que mesmo com o significado pejorativo da paixão, é ela que dá o tempero extra ao amor, e se estes dois viverem concomitantemente, um suprirá as dificuldades do outro e o amor se renovará a cada dia.

Hipocrisia corrói qualquer sentimento. Não se prive. Se permita amar, apaixonar-se, perder-se, machucar-se... É normal. Se privar traz seqüelas terríveis. Se privar endurece o coração, machuca a alma e ainda te deixa com um gostinho de “falta” no final do dia. Seja forte, mesmo não tendo muita certeza disso. Dê a cara à tapa, escute um, dois, três, vinte “NÃOs”. Uma hora você escutará um SIM. Escutar um não é melhor do que viver com a possibilidade de um talvez. Escutar um não te resguarda de pensamentos mil, te resguarda de inúmeros “e se”. Eu já escutei não de todas as formas: escrito com letras tortas, digitados em papel A4, pelo telefone, pelo msn, ao vivo e a cores, por correspondentes e até em outras línguas. Isso só me fez mais tranqüila a esse respeito. Hoje quando escuto um não, eu suspiro: “Ufa! Passou. Vamos pra próxima.” Pois a vida continua. Mesmo depois de um não, ela continua.

Não seja hipócrita! Não minta pra si mesmo, muito menos para outra pessoa. Se você gosta, grite, cante, seja brega! Arrisque, seja bobo, telefone de madrugada, saia de qualquer jeito e vá ao encontro dela. Fale sem pensar, e pense sem pudores. Vá até o final. Vá até levar um não, ou até conseguir um sim. Tente fechar o ciclo.

Mas se não gosta, diga. Avise, não ignore. Seja claro. Pois no momento que você é justo com os outros, os outros serão com você. E mesmo se isso não ocorrer, continue sendo justo com os corações que você encontrar pela frente, você estará fazendo um bem para o seu próprio. E não esqueça, o mundo dá voltas. Se hoje você machucou alguém, amanhã pode ser você chorando por um coração trucidado. E segundo as minhas observações, o “troco” costuma muitas vezes ser bem pior.

Mas enfim. Existe vida após o NÃO.
E vida muito mais leve!!


** Hoje não tem música para esse texto. Acho que não consegui encontrar nenhuma que cantasse os meus sentimentos (aceito sugestão de playlists). Estou muito feliz, mas triste ao mesmo tempo. Estou me sentindo mais leve, mas um pouco decepcionada talvez. Mas isso é completamente normal. Como já dizia uma amiga, as paixões só mudam de rostos, vem com rótulos diferentes para te confundir. Elas chegam sempre intensas, te atordoam e vão embora. Mas sempre voltam. So... não adianta nada você se perder em uma delas. Sobreviva para poder viver a próxima.

Beijinhos a todos!!!

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Natal / RN

Cheguei inteira da minha visita rápida à Natal/RN. Depois de dois dias cansativos de congresso (2º Congresso Brasileiro de Gestão Empresarial), de 08:00h às 18:00h, tive uma trégua no domingo onde consegui ir à praia e à pscina. Volto à Recife/PE com a promessa de voltar à Natal/RN pra curtir mais o lugar. E definitivamente, o Nordeste é tuuuuuuuuudo que há! Vejam as fotos!





Eu e Paty no avião à caminho de Natal/RN







No Parque das Dunas, onde fica o Centro de Convenções onde ocorreu o Congresso. Quase uma perigrinação, maior ladeira, estava me sentindo em Olinda/PE! Hehehe Não fosse pelas dunas ao fundo, né?










No congresso.










No "Sanduicheira", restaurante de frente ao nosso hotel.








No hotel "Atol das Rocas".







Arco do Sol, na avenida principal.










No domingo, enfim a praia! Com o Morro do Careca ao fundo.









Depois, pscina e mordomia pois ninguém é de ferro!










Saindo de Natal/RN --> Chegando em Recife/PE






É... Foi muito bom!!