quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Palavras




"E pra que palavras? Se eu não sei usá-las..."
Belô Veloso



Eu não me arrependo por ter feito o que fiz, ou dito o que disse. Pois se fiz tudo isso, foi por um dia eu ter acreditado que daria certo.

E agora as palavras que antes esborravam da minha boca, úmidas e doces; hoje, minguadas e raras, deixam a boca seca, amarga.

Quisera eu mudar o tom, criar um novo discurso e seguir em frente. Move on!!

Aldrêycka Albuquerque





Canção em seu nome - Belo Veloso


Eu vi você atravessar a rua
Molhando a sombra na água
Eu vi você parar a lagoa
Parada
Você atravessou a rua
Na direção oposta
Pisando nas poças
Pisando na lua
E a poesia ali me deu as costas
E pra que palavras
Se eu não sei usá-las
Cadê a palavra que traga você daquela calçada
Você atravessou a rua
Na direção contrária
E a poesia que meu olho molhava ali
Quem sabe não me caiba
Quem saiba seja sua
Ali atravessando a chuva
Toda lagoa parada
Você na direção errada
E eu na sua
Como fruta do conde
Um rio correndo pra foz
É como se a correnteza
Fosse parada
E tudo, mais tudo, mais tudo,
Fosse igual a nada

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