quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

História sem nome (P7 - Final)



História Sem Nome
Parte 07 - Final

Os dois conversavam mais pela internet do que pessoalmente. Relacionamento moderno esse. Estranho e moderno, vocês hão de convir. Ela me disse que uma das melhores conversas que eles tiveram foi quando ele começou a descrevê-la. Segundo a garota, ninguém nunca falou dela como ele o fez naquele dia. Era incrível como ele conseguia vê-la por dentro, sua real identidade que muitas vezes estava encoberta pelas capas que a sociedade tanto requer. “Ele me conhecia tão bem... Isso não poderia ser por acaso”, justificava ela.

Bem, eu assenti com a cabeça e pedi que ela não se preocupasse, o que tivesse de ser seria. O que mais eu poderia falar? Ela estava convicta de tanta coisa, que seria capaz de esperar uma vida inteira por um amor que ela talvez nem conhecesse de verdade. Mas como ela bem disse: “Pra mim ele sempre será suficiente”. Isso é ou não uma loucura? Ou é amor? Às vezes desconfio que o que separa o amor da loucura é um fiozinho fino de náilon.

Fui embora na dúvida se aqueles dois um dia iriam se entender. Se ele um dia iria se acordar e perceber o quanto de amor ele está perdendo deixando a garota sozinha. Ou se um dia ele iria se acordar e subir no altar com sua dona e terminar de enterrar aquele protótipo de amor que ele construiu com a garota. Vai saber. Mas uma coisa é certa: Murphy não foi legal com aqueles dois. Se eles tivessem se conhecido um ano antes, quando ele era solteiro. Ou seis meses depois, quando ela já tivesse saído da faculdade. Eles tinham que se conhecer e levar o fardo da incapacidade amorosa pro resto da vida.

É óbvio que pra ela vai ser muito mais traumático. Na verdade sempre foi. Ela fica reclusa em casa tentando não pensar em muita coisa. Assiste seriados insanos e lê o maior número de livros possíveis. Já ele vai para resorts e lindas viagens com sua dona. É, é bem provável que ele aprendeu a viver sem ela bem mais rápido. Mas não é possível que ao ver uma página na internet, ou uma música no rádio ele ainda não lembre dela. Não é mesmo possível.

E aí? E se fosse com vocês?

Aldrêycka Albuquerque


Leia o começo desta história:

Ainda bem que essa história sem graça acabou. Estava cansando! Vixe... rsrss Prontofalei!

Nenhum comentário: