quarta-feira, 23 de novembro de 2011

23/11/11 - 24 anos



What is that gives us this deepness? What is this bitterness that makes us a better person? What tragedy makes us a reflexive and introspective human being? Always happy people are really silly, naive and shallow?

domingo, 20 de novembro de 2011

Uma palavrinha sobre INTOLERÂNCIA.



A palavra INTOLERÂNCIA ultimamente tem sido muito usada por um grupo de ludibriadores. Mal intencionados ou puramente replicadores, estas pessoas estão tentando vender ao mundo uma idéia muito diferente e deturpada do real sentido da palavra tolerância.

Na última semana correu o o mundo diversas foto-montagens de figurões políticos e religiosos se beijando. Vídeos também foram divulgados. Muito mais que defender o respeito aos homossexuais (trans, bi e afins) estes vídeos e fotos são esforços muito bem feitos e investidos ($$) para propagar a doutrina gay na sociedade. Nos últimos anos a ditadura gay deixou de ser apenas tema de debates políticos para por em questão até a educação primária do seu filho (vide o Kit Gay). E tudo embalado de "luta contra intolerância". 


Intolerância?!

Pois eu vou dizer o que é intolerância. Intolerância é um imbecil de qualquer cor ou sexo bater com uma lâmpada fluorescente no rosto de qualquer sujeito de qualquer cor ou sexo. Intolerância é um pai espancar um filho ou sua mulher. Independem dos motivos. Matar um homo ou um hetero não muda a gravidade do crime. É crime (e ponto) e deve ser julgado com a mesma severidade. Intolerância é um ser que se diz humano atear fogo em um ser vivente que dorme nas ruas. Seja ele um mendigo, um índio, uma criança, ou um animal. Uma pessoa que ateia fogo num ser vivo a bel prazer deve não só ser preso, mas ser acompanhado por um psiquiatra também.

Defender esta intolerância aí, na verdade é semear uma ditadura gay onde esses tem regalias em detrimento dos heteros. E estes em suas campanhas, mais "evangelizam" do que pedem por respeito. Sinceramente, não compro a idéia de vocês. Não compro desde o dia que toda essa luta deixou de ser por respeito por um ser humano, para ser palanque para uma turminha querer converter o mundo para a filosofia gay. Como se fosse um terceiro sexo além do masculino ou feminino. Como se eles fossem intocáveis e qualquer um que questioná-los devesse ir preso. Isso sim é INTOLERÂNCIA, colegas.



Intolerância é eu não poder discordar com a ditadura gay. Intolerância é eu não poder me irritar e me chocar com a foto do Papa beijando um líder religioso muçulmano - mesmo não sendo católica. Intolerância é eu não poder querer que meus filhos não sejam alfabetizados com uma cartilha que mostra todas as formas de homossexualidade que existem, o que esses indivíduos fazem e como fazem. Intolerância é eu não poder exercer meu direito democrático de criticar doutrinas. Direito esse que eles (os gays) estão usufruindo neste exato momento ao fazerem suas reinvindicações.

Então, não comprem essa de intolerância. Esse termo está sendo subvertido. Nossa sociedade precisa aprender a amar ao próximo, a respeitá-lo, independente de cor, credo ou sexo. Mas isso não te impede de criticar doutrinas e comportamentos. Contanto que essas críticas não desrespeitem ninguém, este é seu direito cívico, faça uso dele.

Aldrêycka Albuquerque

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

[RESENHA] Um Dia - David Nicholls



Uma magnífica história, contada de uma forma incomum, ano a ano, no aniversário de quando se conheceram, e com alguns espaços de tempo intercalando o período de 20 anos da vida de duas pessoas: Dexter Mayhew e Emma Morley. Eles se conheceram no dia da formatura da faculdade. Eles não eram da mesma sala, mas se conheciam de vista. Com a formatura, eles acabaram na cama e se conhecendo melhor. Durante vinte anos “cresceram juntos”, porém separados. Às vezes ele na Índia e ela em Londres. Às vezes ele em Londres e ela em Paris. Cartas, telefonemas, às vezes nem isso. Ficaram tanto tempo separados, se viam pouco, mas um precisava do outro.

Dexter Mayhew (clique para ampliar)


O enredo desse livro é espetacular, pois não é nada trivial. Você sofre com Dex e com Em, cada um cometendo suas errâncias, mas também com suas razões. E você começa a entender e respeitá-las.

Esse não é um livro adolescente. Não é um livro bobo de romance. Ele está recheado de questionamento e reflexões que acabamos tomando pra si. Dimensiona a intensidade da vida e põe na balança o que é ou não importante nela. Frustrações, sucesso, carreira, amor, morte, fidelidade, sexo, amizade, família... Este livro é completo. Faz você terminá-lo angustiado por não ter mais informações, por não continuar com aquela história.

Emma Morley (clique para ampliar)


QUOTES

"Achava que tinha a resposta, que eles poderiam resgatar um ao outro, quando na verdade Emma estava muito bem havia anos. Se alguém precisava ser resgatado, era ele." (P.330)

"As pessoas te amam, Dex, de verdade. O problema é que elas te amam de uma forma irônica, meio sacana, uma espécie de mistura de ódio e amor. O que você precisa é de alguém que ame você sinceramente..." (P. 240) 

“- Dexter, eu te amo muito. Muito, muito, e provavelmente sempre amarei. – Os lábios dela encostaram no rosto dele. – Só que eu não gosto mais de você. Sinto muito.” (P.206)


UM DIA do David Nicholls virou filme!
Se você ainda não viu o trailer, são dois: 



Você também pode evitar spoilers e só assistir aos trailers depois de ler o livro, foi o que eu fiz. E não me arrependo. Você só precisa de rostos para os personagens.

Enjoy it. Definitivamente, minha melhor leitura do ano.


Aldrêycka Albuquerque

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Deslumbres Sucumbiram-se



Ela caminhava docemente pela alameda fervilhando de carros, fumaça, ambulantes e urgências de todos os tipos. Deslizando suavemente pelo asfalto, como se ali não pertencesse. Beatriz com os pensamentos nas nuvens, como sempre, questionando o caos do Universo, não se apercebe a figura que a segue. Ela chega a seu destino, naquela ruela quente, cheia de ladrilhos e mesinhas redondas de ferro pegando o fogo pelo sol de meio-dia. Ela entra no restaurante a procura de um abrigo refrigerado, no momento em que o vê. Pedro, ao seu encalço, entrando logo atrás dela. Sorrindo aquele sorriso de mil brancos dentes. Sonoro e tão bem apessoado. Ela não teve tempo de esboçar reação, se virou e procurou uma mesa o quanto mais distante possível. Ele franzio o cenho sem entender a rabiçaca, mas a acompanhou e sentou ao seu lado na mesa. Beatriz sacou sua distração, e pelo telefone delisava o dedo freneticamente, como se realmente estivesse entretida e não tivesse percebido aquele homem todo ali na sua frente.

Se deu a partir dali então, uma série de curtas frases, cheias de dúvidas e à força ignoradas. Beatriz mal tirava os olhos do aparelho, como se tivesse ali nas mãos um escudo contra aqueles olhos inquisidores. Dez minutos depois, enfim ela soltou a respiração. Não mais doía. Só precisou de dez minutos pra perceber que a ferida já não mais sangrava, já não mais ardia. Soltou o telefone na mesa, e abriu um sorriso de quem acaba de ser liberta. Tal mudança repentina de estado de espírito confundiu Pedro. De capataz passou a ser a presa, por um segundo sentiu a espinha arrepiar, talvez seus anos de tortura tenham acabado. A antiga presa indefesa tinha partido as correntes dos próprios pulsos. Acuado quem estava agora era ele. Frente aquele sorriso de mil estrelas daquela que por tanto tempo só tinha olhos grandes, medo e esperança estampados no rosto inocente. 

Beatriz sorriu. Sonoramente. Era um aviso claro de que nada mais era como antes. Ela tinha saído da gaiola onde estivera presa por tanto tempo. Gaiola que só esteve trancada por um cadeado feito de papel, medo, dúvida e imaginação. Ela se soltou de uma prisão que tinha feito para si mesma. E enfrentava seu inquisidor com um sorriso de quem encontra a chave da própria liberdade. Beatriz olha para o rosto de Pedro agora sem medo de se perder por entre aquelas linhas da expressão dele. Percebe que ele não passa de um cara normal, igual aos outros. O coração dela se aqueceu. Não via a hora de falar em alto bom som: não me prendes mais a teus olhares. Não me fazes mais tremer as pernas. Sou só minha agora. 

Tomou um gole da água que pedira no restaurante, sentiu o gelado lhe descer a garganta. Olha nos olhos do seu antigo capataz e dispara, com um sorriso no canto da boca: -"Já era em tempo do deslumbre sucumbir e a tinta descascada na parede úmida enfim se mostrar".

Pedro sorri tristonho, entendendo as palavras poéticas, como sempre, tão bem aplicadas. Ele se levanta e sai dali. Por sete maravilhosos anos ele não mais apareceu. Só virou as costas largas e seguiu com sua vida. Por sete-longos-anos. 

Aldrêycka Albuquerque

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Texto do blog publicado nacionalmente!

Saiu!!!!!!! O livro CRÔNICO! saiu do forno e será lançado oficialmente dia 12/11 no Rio de Janeiro. Nele vocês encontrarão meu texto INDECÊNCIAS que publiquei aqui no Another Thoughts em 2008. Segue press release!


 
Editora Multifoco lança coletânea de crônicas ilustradas.
 

Com lançamento previsto para o dia 12 de novembro, a coletânea Crônico! (R$28, Ed. Multifoco, 100 páginas.), organizada pelos escritores Jana Lauxen e Beto Canales em parceria com a Editora Multifoco, reúne a nova safra de cronistas e ilustradores brasileiros.
São, ao total, 18 crônicas e 18 ilustrações, que reúnem o melhor de todo o material recebido durante a seletiva, que buscou, pelos quatro cantos deste Brasil, cronistas e ilustradores dispostos a colocar seus textos e ilustrações na avenida:

- Existem excelentes escritores e ilustradores em nosso país; infelizmente (e injustamente) em sua maioria ainda desconhecidos. Um dos principais objetivos da Editora Multifoco é encontrá-los e publicá-los. Uma forma de colocar leitores em contato com autores que, através dos meios de comunicação convencionais, nunca teriam a oportunidade de conhecer. – diz Jana Lauxen, uma das organizadoras da coletânea. 

A obra conta com autores do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais e Bahia, o que, segundo a organizadora da coletânea, só vem a somar no resultado final da obra, que considera pra lá de satisfatório.

- O Brasil é um país imenso, cheio de culturas diferentes e, naturalmente, de realidades e pontos de vista também diferentes. Reunir autores de diversos lugares do Brasil, cada qual com sua visão sobre situações completamente distintas entre si, trazem ao leitor um panorama atualizado da realidade brasileira. Além do que, é muito interessante descobrir o que pensam estes novos escritores que, de uma maneira ou de outra, também estão escrevendo hoje o futuro da literatura no Brasil.

Os textos que compõem a obra discorrem sobre os mais variados assuntos, indo desde literatura, Deus, galinhas, maconha e futebol, até festas, esperas, pêssego, vida e morte – todos retratados também por meio dos quatro ilustradores, que deram traço e forma aos textos que receberam.

O resultado desta miscelânea de autores, ilustrações, textos e temas poderá ser conferido a partir do dia 12 de novembro, data do lançamento da obra, que acontecerá no Rio de Janeiro, no Espaço Multifoco (Av. Mem de Sá, 126 - Lapa), entre 18h e 21h.

Quem não puder comparecer ao lançamento e tiver interesse em adquirir seu exemplar, é só entrar em contato com a editora Multifoco através do telefone 55 21 25071901.

Um livro que, sem dúvidas, sua estante merece guardar.



terça-feira, 1 de novembro de 2011

Destino

"Será que se apaixonar pela história de uma pessoa é a mesma coisa que se apaixonar pela própria pessoa?
DESTINO - Ally Condie
 
É difícil dizer. Principalmente pra mim, que me apaixono por olhares, sorrisos, queixos, barbas, orelhas, cabelos... Quanto mais por histórias!  Com seus mistérios, dores, amores, suor, luxúria, desejos, mais mistérios, o que nunca é dito, o que é omitido... Histórias são deliciosas! Difícil não se apaixonar por elas! Quanto mais pelas pessoas que as carregam! Cada uma com suas mágoas, suas cicatrizes, seus temores, suas rachaduras. Me apaixono sim!! Por histórias e por seus donos. É a mesma coisa. 
Aldrêycka Albuquerque
 
 
 
- Ok, não sei o motivo de Mr. Darcy estar neste post. Mas ele apareceu aqui na tela, e não pude resistir a esse olhar de censura e desprezo tão sexy.