terça-feira, 31 de julho de 2012

Uma história pra sonhar...



Pra Sonhar - Marcelo Janeci


Quando te vi passar fiquei paralisado
Tremi até o chão como um terremoto no Japão
Um vento, um tufão
Uma batedeira sem botão
Foi assim, viu?
Me vi na sua mão


Perdi a hora de voltar para o trabalho
Voltei pra casa e disse adeus pra tudo que eu conquistei
Mil coisas eu deixei
Só pra te falar
Largo tudo


Se a gente se casar domingo
Na praia, no sol, no mar
Ou num navio a navegar
Num avião a decolar
Indo sem data pra voltar
Toda de branco no altar
Quem vai sorrir?
Quem vai chorar?
Ave maria, sei que há
Uma história pra sonhar
Pra sonhar


O que era sonho se tornou realidade
De pouco em pouco a gente foi erguendo o nosso próprio trem,
Nossa Jerusalém,
Nosso mundo, nosso carrossel
Vai e vem vai
E não para nunca mais


De tanto não parar a gente chegou lá
Do outro lado da montanha onde tudo começou
Quando sua voz falou:
Pra onde você quiser eu vou
Largo tudo


Se a gente se casar domingo
Na praia, no sol, no mar
Ou num navio a navegar
Num avião a decolar
Indo sem data pra voltar
Toda de branco no altar
Quem vai sorrir?
Quem vai chorar?
Ave maria, sei que há
Uma história pra contar


Domingo
Na praia, no sol, no mar
Ou num navio a navegar
Num avião a decolar
Indo sem data pra voltar
Toda de branco no altar
Quem vai sorrir?
Quem vai chorar?
Ave maria, sei que há
Uma história pra contar
Pra contar 

domingo, 8 de julho de 2012

Old Style


Eu sempre faço isso. Me coloca numa sala com trezentos vestidos e eu só vou olhar para aquele está além do meu orçamento. Transponha essa situação para a vida afetiva e voilà. Temos aí o cerne da minha infelicidade no amor.

Mas não é que eu escolha errado. As roupas da coleção nova são ótimas e vestem bem. Só que geralmente custam caro. É como se o preço que pagamos por elas estivesse associado ao capricho de possuirmos algo difícil. Queremos conquistar mais do que uma mera peça em liquidação. Queremos algo especial.

Pelo que me lembro, nunca me apeguei a homens em ponta de estoque. Aqueles rodados, que circulam por vários corpinhos, dos gorduchos aos mais sarados, sem nunca encontrar quem lhes vista bem. Eu gosto das peças únicas, que você bate o olho e sabe logo que são diferentes. Aquelas que você tem tanta certeza de que vão dar certo que poderia levar para casa sem nem experimentar.

O problema é que os homens da coleção nova são superestimados. E aquele encantamento inicial da loja se dissipa nas primeiras falhas que você encontra na costura. Ou quando repara em um corte equivocado na manga. Alguns desbotam na lavagem, outros deixam manchas no restante das roupas. Assim, o investimento na conquista de alguém que consideramos ser uma peça especial nem sempre vale a pena.

É por isso que há tempos não faço compras. Não chego a dizer que é por medo de me decepcionar com os vestidos que se encontram por aí nas araras. É mais por preguiça de experimentar à toa. Por cansaço mesmo.

Na falta de tempo e de paciência, talvez valha mais a pena sair carregando vários com 80% de desconto. Pelo menos assim não criamos expectativas. Sabemos que o material não é de qualidade e que não vai durar.

Sem querer ser saudosista, ainda mais de uma época que eu não vivi, mas o fato é que não se fazem mais roupas como antigamente. E apesar dos sombrios tempos da descartabilidade, na moda e no amor, eu sigo old style.

Trecho do texto da Natália Klein do ADORÁVEL PSICOSE.

sábado, 7 de julho de 2012

05 anos de Blog

Quase passava despercebido...


Parabéns bloguinho querido. :D


...uma corda pendendo do céu...



"Lembra-se de como foi quando nos beijamos?
Quantidades e quantidades de luz lançadas diretamente sobre nós.
Uma corda pendendo do céu.
Como a palavra amor e a palavra vida conseguem caber na boca?"


Jandy Nelson - O Céu está em todo lugar

quarta-feira, 4 de julho de 2012

a tristeza é uma casa

  

A tristeza é uma casa em que as cadeiras se esqueceram de como nos segurar, os espelhos de como nos refletir, as paredes de como nos conter. 
A tristeza é uma casa que desaparece cada vez que alguém bate à porta, uma casa que se vai com o vento à menor rajada, que se enterra no solo enquanto todos estão dormindo.
A tristeza é uma casa em que ninguém pode proteger você, em que a irmã caçula vai envelhecer mais que a mais velha, em que as portas não deixam mais você entrar nem sair. 
|| Jandy Nelson (O Céu Está em Todo Lugar)