sábado, 29 de junho de 2013

[QUOTES] Persuasão - Jane Austen




Pérolas de Persuasão

"E é a singularidade que, na maioria das vezes, determina a pior parcela do nosso sofrimento, tal como sempre faz com nossa conduta."

"Na juventude, obrigaram-na a seguir a prudência; ao amadurecer, aprendera o romance: a sequência natural de um começo antinatural."

"Logo, entretanto, começou a racionalizar e a tentar se emocionar menos. Oito anos, quase oito anos haviam se passado desde que tudo terminara. Como era absurdo voltar a sentir uma inquietação que o tempo relegara à distância e à sombra! O que não fariam oito anos? Acontecimentos de todo tipo, transformações, alienações, mudanças... tudo, tudo poderia estar neles contido, e o esquecimento do passado... como seria natural, com seria certo também! Oito anos representavam quase a terça parte de sua própria vida. Uma pena! Com toda a sua racionalização, ela descobriu que, para sentimentos reprimidos, oito anos poderiam ser pouco mais que nada."


"Não poderia haver outros dois corações tão abertos, gostos tão semelhantes, sentimentos tão em uníssono, expressões tão amorosas."


"Seu estado de espírito precisava da solidão e do silêncio que só um grande número de pessoas pode conferir."

"Observou, analisou, refletiu e afinal concluiu que não se tratava apenas de um caso de força moral ou resignação. Um espírito submisso poderia ser paciente, uma inteligência firme poderia encontrar soluções, mas ali havia algo mais, havia aquela elasticidade da mente, aquela disposição em aceitar ajuda, aquele poder de prontamente passar do ruim para o bom e de encontrar ocupações que a fizessem sair de si mesma que só pertencia à própria natureza. Tratava-se do maior dos dons divinos."

"Aqui e ali, a natureza humana pode ser grande em tempos de provação, mas, de modo geral, é sua fraqueza e não sua força que surge num quarto de doente: são o egoísmo e a impaciência, mais do que a generosidade e a coragem, que se fazem ouvir."

"Ele a considerava uma moça um tanto extraordinária; um modelo de dignidade feminina por seu temperamento, maneiras, inteligência."

"Embora já se conhecessem há um mês, ela não estava convencida de que realmente conhecia seu caráter. Que ele era um homem sensato, um homem agradável, que falava bem, emitia boas opiniões, parecia julgar com correção e como um homem de princípios, tudo isso era bastante claro. (...) [Porém] nunca havia uma explosão de sentimentos, nenhum arrebatamento de indignação ou prazer perante o mal ou o bem existente nos outros. Isso, para Anne, era uma clara imperfeição."

"Acreditava poder confiar muito mais na sinceridade daqueles que às vezes agiam ou diziam algo inconsequente ou afoito, do que naqueles cuja presença de espírito jamais se alterava, cuja língua nunca escorregava."


"Há sempre algo de ofensivo nos detalhes da astúcia. As manobras do egoísmo e da duplicidade são sempre revoltantes."

"Lá voltaram outra vez ao passado, mais encantadoramente felizes, talvez, naquele reencontro do que quando pela primeira vez projetaram sua união; mais TERNOS, mais SEGUROS, mais baseados no conhecimento do caráter, da lealdade e da felicidade um do outro, mais capazes de tomar atitudes, mais RAZOÁVEIS ao agir."

"Só conseguia pensar a seu respeito como alguém que cedeu, que desistiu de mim, que se deixou influenciar por outra pessoa mais do que por mim."

"Preciso aprender a suportar ser mais feliz do que mereço."

"Há em alguns uma agilidade de percepção, uma sutileza na avaliação do caráter, um discernimento, enfim, que, em outros, nenhuma experiência consegue igualar."

"Sua fonte de felicidade vinha da intensidade de sua fibra, assim como a de sua amiga Anne, do calor de seu coração."

“Já não consigo mais permanecer em silêncio. Tenho de lhe falar pelos meios ao meu alcance. Anne, você trespassa-me a alma. Sinto-me entre a agonia e a esperança. Não me diga que é muito tarde, que sentimentos tão preciosos morreram para sempre. Declaro-me novamente a você com um coração que é ainda mais seu do que quando você o despedaçou há oito anos atrás. Não diga que o homem esquece mais depressa que a mulher, que o amor dele morre mais cedo!
Eu não amei ninguém se não a você. Posso ter sido injusto, posso ter sido fraco e rancoroso, mas nunca inconstante. Vim para esta cidade unicamente por sua causa. Os meus pensamentos e planos são todos para você. Não reparou nisso? Não se apercebeu dos meus desejos? Se eu tivesse conseguido ler os seus sentimentos, como creio que você deve ter decifrado os meus, não teria esperado tanto tempo.
Mal consigo escrever. A todo momento ouço algo que me emociona. Você abaixa a voz, mas eu consigo ouvir os tons dessa tua voz mesmo quando os outros não conseguem. Criatura muito boa e pura! Porém, faça-nos, de fato, justiça, ao acreditar que os homens são capazes sim, de um verdadeiro afeto e uma verdadeira constância. E creia que esta, é fervorosa e firme em F.W.
Tenho que ir, inseguro quanto ao meu futuro."



Seleção feita por mim, com carinho. ;-)

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Heartlines



Just keep following
The heartlines on your hand
Keep it up
I know you can
Just keep following
The heartlines on your hand
'Cause I am!
Heartlines - Florence And The Machine



sábado, 8 de junho de 2013

[RESENHA] Fique Comigo - Harlan Coben




Pois bem, depois de uma série de leituras do Harlan exclusivamente de títulos com o Myron Bolitar, dessa vez quebrei a sequência com um livro fora da série desse protagonista. Fique Comigo é um título bem novo, lançado em 2012 pelo Sr. Coben e fica ali entre os livros apenas bons do autor. Está longe de ser o melhor ou o pior dos títulos do Coben, mas carrega aquela assinatura característica do autor que é o suspense e as reviravoltas na trama.

Em Fique Comigo temos de um lado um fotógrafo trucidado, que está no fim do poço tanto da sua vida profissional quanto pessoal. Sobrevive com um empreguinho risível de paparazzi de mentira para falsas celebridades que pagam para serem perseguidas por fotógrafos. Bem deprimente, por sinal essas pessoas. Pois bem, esse é o Ray Levine.

Do outro lado completamente oposto, está a linda dona de casa Megan Pierce. Com um casal de filhos já crescidinhos, um marido que a ama e uma casa chique em um bairro rico americano, Megan seria uma dona de casa rica como qualquer outra. Não fosse seu passado trancado a sete chaves e escondido de todo o mundo em que vive, inclusive do seu marido.

Entre esses dois personagens existem assassinatos antigos sem solução, passados dos mais cabeludos e escondidos possíveis, paixões avassaladoras e abandonadas às pressas, psicopatas, bordéis, homens de família pervertidos e sangue, muito sangue. Um delegado de polícia tenta entender um desaparecimento, que acaba desencavando outros tantos, que começam a parecer assassinatos, e Ray e Megan parecem estar envolvidos até o pescoço. Na verdade, Megan não é Megan, nem nada nessa história é o que parece.

Como é típico do Harlan Coben, é impossível se desvendar o mistério dessa história nem no início nem depois de continuar lendo o livro. Até as últimas páginas reviravoltas continuam acontecendo e tudo o que você um momento supôs, se mostra equivocado, e quem menos parecia ser suspeito, agora parece um bom candidato a serial killer.

Já falei isso várias vezes por aqui, Coben é sempre uma leitura agradável. Você sempre vai ter a atenção retida a trama. Apesar deste título não ser um dos melhores do autor, vale a leitura. Fica a dica.


QUOTE:

"Pensou em como o passado nunca nos abandona, nem as partes boas nem as ruins; em como o colocamos dentro de uma caixa e a guardamos em algum armário, pensando que nunca mais vamos abrí-la. Então, um belo dia, quando nos sentimos sobrecarregados pelo mundo real, vamos até o armário e pegamos a caixa de volta."


Aldrêycka Albuquerque

sexta-feira, 7 de junho de 2013

A relatividade do tempo, by Jane Austen




"Logo, entretanto, começou a racionalizar e a tentar se emocionar menos. Oito anos, quase oito anos haviam  se passado desde que tudo terminara. Como era absurdo voltar a sentir uma inquietação que o tempo relegara à distância e à sombra! O que não fariam oito anos? Acontecimentos de todo o tipo, transformações, alienações, mudanças... tudo, tudo poderia estar neles contido, e o esquecimento do passado... como seria natural, como seria certo também! Oito anos representavam quase a terça parte da sua própria vida.  
Uma pena! Com toda a sua racionalização, ela descobriu que, para sentimentos reprimidos, oito anos poderiam ser pouco mais que nada." 
[1816] Persuasão,  Jane Austen. 



ILUSTRAÇÃO: http://www.illustrationmundo.com/audio/artist/133/ 

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Nota mental 2: o charme do olhar de desprezo.




Às vezes um olhar de desprezo é só um olhar de desprezo, não é uma represa chamada DARCY pronta pra estourar. 
Aldrêycka Albuquerque