sexta-feira, 7 de junho de 2013

A relatividade do tempo, by Jane Austen




"Logo, entretanto, começou a racionalizar e a tentar se emocionar menos. Oito anos, quase oito anos haviam  se passado desde que tudo terminara. Como era absurdo voltar a sentir uma inquietação que o tempo relegara à distância e à sombra! O que não fariam oito anos? Acontecimentos de todo o tipo, transformações, alienações, mudanças... tudo, tudo poderia estar neles contido, e o esquecimento do passado... como seria natural, como seria certo também! Oito anos representavam quase a terça parte da sua própria vida.  
Uma pena! Com toda a sua racionalização, ela descobriu que, para sentimentos reprimidos, oito anos poderiam ser pouco mais que nada." 
[1816] Persuasão,  Jane Austen. 



ILUSTRAÇÃO: http://www.illustrationmundo.com/audio/artist/133/ 

2 comentários:

Thalita Alvarenga disse...

É incrível como Jane Austen sabe reunir as palavras e contruir textos que conseguem nos tocar de uma forma tão profunda.

Ótima escolha de releitura

Iêda disse...

Nem me fale... E muitas vezes dá 10...11 e parece que foi ontem.

Só Jane Austen pra captar tão bem essa essência.

Realmente, sempre vale a pena ler de novo.

Bjos,

Iêda